Bolsa de Voluntariado

“Ser voluntário é saber o valor de um sorriso”

Camila Luz



A Escola Superior de Educação João de Deus, fiel ao seu modelo humanista, propõe-se promover junto dos seus estudantes e comunidade escolar a cultura e o valor do trabalho voluntário, como ferramenta de inclusão, de cidadania e de “construção de pontes.

Se queres ser voluntário/a inscreve-te na nossa “Bolsa de Voluntariado”.

Se é uma instituição/empresa e precisa de voluntários para o seu projeto, contacte-nos.

Inspira-te em testemunhos de quem já o faz

Fazer voluntariado, ajuda-me a ver o mundo de forma diferente. Ser voluntária, ajudou-me (e continua a ajudar-me) a descobrir quem eu sou. A perceber que o que tenho de mais precioso é o meu tempo, é aquilo que sou e fazer voluntariado é dar aquilo que temos de mais precioso. Aprendi, ao longo da vida, que, se o objetivo do voluntariado é dar, aquilo que realmente acontece é surpreendente. Cada vez que participo numa ação de voluntariado, ganho muito mais do que dou. Aprendo muito com todas as pessoas e situações com que me vou cruzando e as pessoas dão-me muito mais do que eu pensava possível. Hoje, sou presidente da direção e uma das fundadoras da Associação PertenSer, que, entre outros, tem projetos com pessoas em situação de sem-abrigo e acredito que o voluntariado, quando experienciado, é algo que nos pode definir e fazer parte de nós.

Joana Teixeira
Psicóloga


São apenas quatro horas por semana no Banco Alimentar Contra a Fome (BA_Lisboa). Um dia, das 9h às 13h, mas o pouco, mesmo sendo pouco, acrescenta sempre. Gostei muito de começar pelo trabalho de armazém, a ajudar a compor as “pilhas” com toneladas de alimentos que serão entregues a cada instituição, em função do número de beneficiários que cada uma assiste. Depois de os alimentos estarem bem empilhados e acondicionados com película aderente, coloca-se uma «matrícula» no conjunto, que mais não é do que o número associado a cada instituição, para que a ajuda alimentar seja devidamente entregue.
Agora o meu trabalho é no escritório, ajudando a manter atualizados os dados das famílias beneficiárias de cada uma das instituições apoiadas pelo BA_Lisboa, que são perto de meio milhar. São quatro horas sentado a escrever num computador. São quatro horas cheias, tão cheias, que nem me levanto para ir à casa de banho. Invariavelmente, só quando chego a minha casa é que percebo que estou "aflitinho"…
Não me é indiferente quando coloco na base de dados o nome de alguém que tem um nome parecido com um dos meus filhos. Não me é indiferente quando insiro uma data de nascimento que coincide com a minha, ou com a de algum dos meus filhos, mulher, irmãos, … Fico com um ligeiro incómodo por imaginar que poderia ser uma das pessoas que me são mais próximas. Mas, na verdade, esse incómodo é apenas subjetivo porque nós somos sujeitos, vivos, em ação. Porém, essa tendência para atentarmos no que é mais próximo, apesar de ser tão natural quanto humana, pode e deve ser, desde cedo, educada e acompanhada da convicção de que pode ser alargada à humanidade. Objetivamente, o incómodo de imaginar alguém com fome (duvido seriamente que a minha imaginação o consiga alcançar) tem de ser maior, muito maior, absolutamente generalizado. Essa é uma aprendizagem que beneficia do exercício das funções de “voluntário” e seria ótimo que se expandisse o mais possível entre os seres humanos. Essa é uma aprendizagem que fui fazendo desde cedo, pela educação que recebi, e que a ação de voluntariado tem incrementado e que me tem proporcionado imensa satisfação e realização.
Vivemos tempos difíceis. Em consequência das restrições à economia impostas a propósito da pandemia, o número de famílias com necessidade de apoio está em crescimento acentuado. A última instituição cujos dados estive a atualizar passou, num mês, de 245 famílias apoiadas para 385. Um aumento de 57%.
Ser voluntário compensa.
Emociona-me ver tantas toneladas de alimentos distribuídos e, mesmo assim, perceber que as necessidades ainda hão de ser maiores. Desde sempre fui educado a “não deixar comida no prato”, pelo respeito que a fome, quer a atual quer a de outros períodos históricos, nos deve merecer. Fundada na educação familiar, esta convicção foi constantemente transmitida a todos os meus filhos e, no que estiver ao meu alcance, será também transmitida aos meus netos.

Carlos Grosso
Professor de Matemática


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